quarta-feira, 31 de outubro de 2007

ZAHA HADID: VIDA E OBRA

Zaha Hadid nasceu em Bagdá no dia 31 de Outubro de 1950. Formou-se em matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se formar, passou a estudar na Architectural Association de Londres. Depois de se graduar arquiteta (1977), tornou-se membro do Office for Metropolitan Arquitecture, o que a levou de volta à Architectural Association (AA), para lecionar juntamente com seu antigo professor Rem Koolhaas e com Elia Zenghelis.

Durante mais de duas décadas a arquiteta não conseguiu viabilizar seus ousados projetos. Apesar da chegada dos computadores e do avanço tecnológico, o público ainda não estava pronto para a nova ordem arquitetônica de Zaha Hadid: libertação de todos os códigos existentes. Nesse mesmo tempo, ela se consagrou professora convidada nas escolas de arquitetura da Universidade de Harvard e Columbia. Também deu aulas na Universidade de Chicago. Durante o ano de 1994, Zaha ocupou a cadeira Kenzo Tange na Graduate School of Design da Universidade de Harvard. Hoje ela tem dado aulas e conferências em todo o mundo.

Em 1983 sua obra mereceu reconhecimento internacional, com o primeiro lugar no concurso para o desenho do The Peak Club, em Hong Kong. Até os dias de hoje são dezenas os projetos de Zaha Hadid que receberam premiações, entre eles estão: Kurfürstendamm, em Berlim (1986); Centro de Arte de Mídia de Düsseldorf (1993); Casa de Ópera da baía de Cardiff (1994) e o Rosenthal Center for Contemporary Art. Muitos dos seus projetos premiados não foram construídos.

Em 1988, Zaha fez parte do pequeno e seleto grupo de arquitetos a quem Philip Johnson consagrou a exposição: Desconstrutivismo (quebra do tradicional arquitetônico). O seu trabalho evidencia as suas capacidades para lidar com as características de cada. espaço urbano, expandindo e intensificando as relações com a paisagem existente, procurando atingir uma estética de caráter visionário.

Os avançados e diferentes projetos de Zaha, que anteriormente, não eram construídos devido à sua ousadia, começaram então a cair no gosto popular, que se tornava cada vez mais ousado, e algumas obras de Zaha Hadid foram concluídas, com entusiasmo, em todo o mundo. Algumas foram resultado de concursos, e outras foram feitas por convite. Em 1999, ela foi convidada a projetar um espaço dentro do Millenium Dome, batizado de Mind Zone. Em 2000 foi concluído o pavilhão do jardim em Weil am Rhein, na Alemanha. Depois vieram a estação de Estrasburgo, França (2001), e a rampa de esqui em Innsbruck, Áustria (2002). Estes projetos foram capa de diversas revistas pelo mundo, e deixou claro que Zaha Hadid tinha entrado em uma fase prática da sua arquitetura.

Em 2003, Hadid além de ter recebido o prêmio Mies Van der Rohe de melhor edifício da Europa, viu uma das mais importantes de suas obras ser concluída: O Rosenthal Center for Contemporary Art, em Cincinati, Estados Unidos, cujo concurso venceu em 1998. O edifício foi considerado o mais importante museu norte-americano desde o pós-guerra, além de ter recebido elogios por toda parte da imprensa. Depois dessa obra, Hadid passou a ser cogitada para diversos outros projetos.

Em 1999, Hadid venceu outro importante concurso para uma edificação com o mesmo programa do Rosenthal: O Centro de arte Contemporânea de Roma, considerado um dos mais interessantes projetos da arquiteta e o primeiro museu que a Itália dedicará ao tema. Neste mesmo ano, a equipe de Zaha venceu o concurso internacional para a nova rampa de esqui da montanha Bergisel, em Innsbruck, Áustria, que foi inaugurada no ano 2002.

No ano de 2000, Zaha venceu mais um concurso, para o Centro de Ciência em Wolfsburg, na Alemanha. Esse edifício, será a primeira edificação do gênero no país. O prédio deverá aguçar a curiosidade das pessoas que o visitam, por possuir um aspecto misterioso, com um alto grau de complexidade e estranheza.

A arquiteta continuou a ganhar concursos nos anos seguintes. Ainda no ano 2000, obteve o primeiro prêmio na competição para o terminal marítimo de Salemo, Itália. No ano seguinte foi premiada pelo plano geral do Pólo de Ciência de Cingapura. Em 2002, foi a vez da sede da BMW, em Leipzig, Alemanha, e do Centro de Arte, França.

Em 2004, Zaha Hadid foi premiada com o mais importante prêmio da arquitetura, o Pritzker Arquitecture, pelo conjunto da sua obra, ao ser atribuído a ela, este prêmio veio ajudar a olhar com mais atenção a história da presença das mulheres na arquitetura.

Zaha é uma arquiteta teórica e prática. Por muito tempo ela ficou conhecida pelos projetos que não conseguiu tirar do papel, do que pelos que realmente concretizou. E mesmo sabendo disso, ela defende a importância de construir projetos teóricos, pois desse modo, ela “transcende a idéia de fazer estruturas interessantes para conseguir verdadeiras estratégias construídas.”

Zaha Hadid coloca em seus projetos o conceito de deformação, da estratificação e da justaposição, introduzindo assim, a complexidade nos objetos arquitetônicos. Os admiradores do seu trabalho costumam engrandecer sua articulação espacial, sua mobilidade fluida, e a maneira como seus trabalhos exaltam paisagens naturais que conferem aos seus projetos uma beleza dinâmica e um grande poder de inovação. Zaha é tida como uma das melhores interpretes do mundo atual.

Um comentário:

Anônimo disse...

olá! Você tem a fonte das informações que postou? Pois estou redigindo um trabalho acadêmico sobre a Zaha e preciso da bibliografia.. Obrigada!